Texto.Jerry D. Gibson et all. Digital compression for multimedia. Academic Press, 1998 (traduzida e adaptada).O advento da tecnologia digital tem proporcionado uma série de facilidades desconhecidas até bem recentemente. A Internet, o CD-player,
o DVD, os jogos interativos de computador, a televisão digital de alta
definição, a telefonia celular e a tomografia computadorizada são
exemplos atuais dessa transformação digital. Entretanto, as versões
digitais de sinais como voz, música, TV e filmes, requerem uma imensa
quantidade de bits/segundo para armazenar ou transmitir as
informações de interesse. Para exemplificar, a tabela acima apresenta os
requisitos de diversas fontes de sinal em suas formas originais
(não-comprimidas). Nessa tabela, vários números observados,
principalmente na última coluna, mostram valores muito altos, demandando
grande quantidade de memória para o armazenamento da informação e(ou)
tempo de alocação de canal no caso de transmissão.A compressão
de dados, uma subárea dentro de processamento digital de sinais, estuda a
representação eficiente das fontes de sinais. Essa eficiência é buscada
no sentido de minimizar as redundâncias de informação das fontes. No
sentido de sistemas estocásticos, a redundância pode ser posta como a
dependência estatística dos símbolos gerados pela fonte de sinal.
Utilizando os recursos e avanços tecnológicos de redes de comunicações,
microeletrônica de processadores digitais, computadores e equipamentos
de telecomunicações, atualmente, já se tem uma série de ferramentas que
fazem uso da compressão de dados para possibilitar a implementação de
diversos produtos de mídia digital.De forma geral, aplicações
como TV, teleconferência e vídeo também vêm tecnologicamente caminhando
no sentido da implementação digital. Entretanto, como pode ser
constatado na tabela do texto, o tratamento de vídeo na forma digital
envolve uma grande quantidade de bits. Por outro lado, cada
quadro do vídeo exibe uma redundância intrínseca típica que também pode
ser observada na linha temporal, ou seja, de quadro para quadro. Podese,
então, pensar em comprimir o vídeo, minimizando-se a redundância intraframe (dentro de cada quadro) e interframe
(entre frames distintos). Desde a década de 70 do século passado,
tem-se pesquisado e desenvolvido técnicas de compressão de vídeo para
tornar realizável as propostas digitais. A compressão de vídeo pode ser
vista, empoucas palavras, como a compressão de uma seqüência de imagens
que se sucedem segundo uma variável temporal. Vários padrões foram
desenvolvidos ou ainda estão em estudo. No que se refere aos padrões de
compressão de vídeo, julgue o item que se segue.O padrão MPEG-4 provê uma modelagem mais abstrata para a codificação de sinais multimídia. O algoritmo trata a cena multimídia como uma coleção de objetos. Esses objetos podem ser visuais, como, por exemplo, o plano de fundo de uma imagem, ou podem ser aurais, como, por exemplo, a voz, a música e um ruído de fundo. Cada um desses objetos pode ser codificado independentemente por meio de diferentes técnicas, gerando conjuntos elementares de seqüências de bits. Essas seqüências de bits descritivas dos objetos são multiplexadas no sentido de descrever a cena em forma codificada. A linguagem denominada formato binário para cenas (BIPS), que se baseia na modelagem de realidade virtual (VRML), tem sido desenvolvida e aperfeiçoada pelo MPEG para a descrição de cenas.
Certo
Errado